Homem afirmou que enfrentaria “todos os demônios” e era apenas o começo para a loja que recém-inaugurou em Tijucas
Reprodução / Redes sociais
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Em um cenário que mais parece retirado de um filme de suspense, um homem, anteriormente candidato a ser franqueado de uma unidade da Ortobom em São Paulo, virou a vida de um casal de empresários de Tijucas de cabeça para baixo. O estabelecimento comercial recém-inaugurado pelo casal, uma loja de colchões Ortobom, foi vítima de atos de vandalismo e ameaças violentas pelo indivíduo, que foi capturado pela Polícia Civil.
De acordo com relatórios da polícia, o suspeito cometeu atos de destruição na loja por duas vezes. Ele foi preso em flagrante sob as acusações de dano qualificado e ameaça. As vítimas alegam que a presença e os atos destrutivos do homem têm sua origem em um desacerto comercial entre ele e a franqueadora Ortobom.
Segundo informações, o homem em questão acreditava que a franquia de Tijucas seria sua, de acordo com uma suposta promessa feita pela fábrica da Ortobom. Entretanto, após uma ruptura nas negociações, a franquia foi vendida ao casal de Tijucas, que insiste que nada tem a ver com a situação. O casal, cujos nomes estão sendo mantidos em anonimato por razões de segurança, se diz devastado: “Vamos fechar, infelizmente. Um sonho destruído e esse psicopata estava à solta. Ele é perigosíssimo e já disse que não tem medo de nada,” disse a empresária.
A Polícia Civil agiu com rapidez. Um boletim de ocorrência já havia sido registrado pelas vítimas após o primeiro ato de vandalismo, que envolveu a perfuração dos pneus de um carro e o derramamento de óleo quente em colchões. A captura do suspeito ocorreu após ele voltar à loja e causou mais estragos, quebrando vidros e danificando colchões.
Em uma narrativa surpreendente, o suspeito deu a sua versão dos acontecimentos. Ele conta que a fábrica da Ortobom foi atrás dele em dezembro com uma proposta “irrecusável”: a oportunidade de reinaugurar a loja de Tijucas e eventualmente tornar-se o franqueado da unidade.
Segundo o relato do homem, a proposta da franqueadora era de que não seria exigido o investimento mínimo para abrir uma loja dessas, nas condições atuais, que seria de cerca de 100 mil reais.
Confiante e aliviado, o homem aceitou a proposta. Porém, a situação mudou novamente. “Eles falharam na entrega. Estendi minha tolerância ao máximo, mas chegou uma hora que não tinha mais como”, relata o homem, que decidiu agir por conta própria, arruinando a loja e colocando empresários inocentes em risco. “Eu sabia que estava jogando minha reputação e liberdade no lixo, mas, no meu ver, não tinha outra opção.”
Embora o homem apresente seu lado da história como um conto de promessas não cumpridas e desespero financeiro, a Polícia Civil, ao realizar a prisão, qualificou sua atuação como crime de dano qualificado e ameaça.
O casal de empresários em Tijucas está agora revendo seus planos de negócios, ainda sem entender completamente por que foram alvos de tanta ira. “Só queríamos trazer algo novo para a cidade, e agora temos que lidar com tudo isso”, lamenta a empresária.
A Ortobom divulgou a seguinte nota:
“A Ortobom, através de sua assessoria de imprensa, esclarece que um ex-funcionário que estava em processo de treinamento e se desligou espontaneamente da empresa, invadiu a loja da Ortobom com o uso de violência. A Ortobom informa que a polícia foi acionada e está investigado o caso. A empresa está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. A Ortobom repudia qualquer ato de violência.”