Uma situação envolvendo a Polícia Civil, em Tijucas, levou o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), por meio da 3ª Promotoria de Justiça, a instaurar um inquérito civil para investigar possíveis atrasos no encaminhamento de procedimentos policiais ao Judiciário.
O MP ainda inclui uma possível negligência dos agentes públicos lotados na Polícia Civil do município.
Um relatório elaborado pela promotoria aponta que, em dezembro de 2023, a cidade contava com apenas um delegado, 4 escrivães e 11 agentes de polícia. O documento lembra, no entanto, que Tijucas está entre os 10 municípios com maior crescimento populacional.
“Dessa forma, fica nítida a insuficiência de adoção de providências administrativas no âmbito da Polícia Civil para acompanhar o crescimento populacional de Tijucas, o que gera inegável insegurança aos moradores desta urbe em decorrência da vertiginosa escalada de crimes na região”, afirma o relatório assinado pela promotora Maria Fernanda Steffen da Luz Fontes.
Em contato com a Polícia Civil, por meio do delegado-geral, Ulisses Gabriel, o problema do efetivo é em todo o Estado e, de janeiro de 2023, até aqui, a Polícia Civil “perdeu” 290 policiais e não conseguiu repor até agora.
Questionado sobre um novo concurso, afirmou que há um diálogo aberto com o governador Jorginho Mello (PL) que está em análise dos “impactos” gerados pela contratação de novos servidores.
Outra resposta da Polícia Civil: só em 2024, a DP de Tijucas cumpriu 45 mandados de busca e apreensão e 23 mandados de prisão.