Autoridades e comunidade discutem os cursos técnicos do futuro campus do IF de Tijucas

Na noite de ontem, 20, a Câmara sediou a audiência pública convocada pela Comissão de Instalação do Instituto Federal em Tijucas. O objetivo era escutar as demandas da comunidade e dos representantes dos setores produtivos sobre os cursos a serem oferecidos no futuro campus da cidade. A audiência contou com a presença de autoridades e da população local, além de moradores de outros municípios do Vale e da Costa Esmeralda, que também se beneficiarão com a instalação do Instituto em Tijucas.

Autoridades Presentes

Entre as autoridades presentes, o Prefeito de Tijucas, Elói Mariano Rocha, o Presidente da Câmara de Tijucas (CT), Rudnei de Amorim, e o Deputado Federal, Pedro Uczai, fizeram um breve discurso sobre a importância política do evento para a educação na região.

Em seguida, o Reitor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Maurício Gariba Júnior, e o Pró-reitor de Ensino, Adriano Larentes da Silva, apresentaram dados sobre a expansão do Instituto Federal no Estado.

Larentes citou a Lei de criação dos Institutos Federais (Lei nº 11.892 de 2008) para explicar a principal diferença entre uma universidade e um instituto. O foco de um IF é a oferta de educação profissional e técnica de nível médio. “O nosso objetivo é atingir a população mais desfavorecida que não teve o direito de estudar”, afirmou Larentes.

De início, o campus oferecerá cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, a fim de aumentar a cidadania, melhorar a renda e proporcionar melhor empregabilidade de pessoas que encontraram dificuldades em continuar os estudos. Além disso, Adriano Larentes também falou da obrigação dos institutos com cursos de formação para professores.

Conforme a Lei nº 11.892/2008, os IFs devem garantir que 50% de seus cursos sejam para o ensino técnico de nível médio (integrados, concomitantes e subsequentes) e 20% para cursos de formação de professores. Do total de matrículas, 10% devem ser destinadas aos estudantes jovens e adultos (EJA), e o restante pode alcançar outros públicos (estudantes de graduação e de pós-graduação).

Lista das autoridades:

Elói Mariano Rocha, Prefeito de Tijucas

Pedro Uczai, Deputado Federal

Maurício Gariba Júnior, Reitor do IFSC

Rudnei de Amorim, Presidente da Câmara de Tijucas

Adriano Larentes da Silva, Pró-reitor de Ensino do IFSC

Anderson Martins, futuro Diretor Geral do campus de Tijucas

Joel Lucinda, Prefeito de Porto Belo

Fabrícia Matias, Secretária Municipal de Educação de Tijucas

Sheila Dias, Coordenadora da Comissão de Instalação do Instituto Federal em Tijucas

Antonio Carlos Machado Junior, Vice-Prefeito de Canelinha

Sabrina Moro Villela Pacheco, Pró-reitora de Desenvolvimento Institucional do IFSC

Aloisio da Silva Junior, Pró-reitor de Administração do IFSC

Marcos Neves, Coordenador Geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE)

Manifestações

Após as apresentações dos representantes do IFSC, o público pode se manifestar por até três minutos. Os diferentes setores presentes defenderam a criação de cursos de turismo e hotelaria, serviço social e meio ambiente.

A Presidente da Fundação de Turismo e Desenvolvimento de Porto Belo, Zene Drodowsky, apresentou dados detalhados sobre a necessidade de um curso voltado ao turismo na região. Ela lembrou que o Vale do Rio Tijucas engloba Nova Trento, uma das principais cidades do roteiro de turismo religioso no estado, e que recebeu 37 mil visitantes no ano passado. Além disso, a Costa Esmeralda, que inclui as cidades de Bombinhas, Itapema e Porto Belo, é um grande polo turístico, com Bombinhas como a principal indutora do turismo na região. Em 2023, a Costa Esmeralda recebeu mais de 700 mil turistas. Ainda segundo dados do Almanach da Secretaria de Turismo de Santa Catarina (Setur), em 2023, a região da Costa Esmeralda abriu mais de 256 empresas e gerou cerca de 7.450 empregos, o que, segundo Zene, evidencia o potencial e a necessidade de qualificação profissional.

Já a representante de fóruns e entidades de Itapema, Dalila Pedrini, defendeu a criação de um curso de Serviço Social para atender às demandas socioeconômicas e culturais da população. Ainda em defesa do curso de Serviço Social, Rosana Schiliclita, da Associação Comunitária do Bairro Perequê de Porto Belo, e Aline Andrade Rodrigues reforçaram a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso e a permanência dos estudantes. Assim como a Presidente do Conselho Regional de Serviço Social de Santa Catarina, Cheyenne Marques, e a coordenadora da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa de Serviço Social, Fabiana Negri, também ressaltaram a importância da profissão para as instituições de ensino.

Emerílson Daros, empresário local, solicitou que fossem criados cursos que atendessem o mercado local, que busca por pedreiros, mecânicos, eletricistas, entre outros. Já Lucia Dal Corso sugeriu a inclusão de um curso voltado ao meio ambiente e enfatizou a importância de uma formação integral que vá além das demandas do mercado.

Matheus Rocha, membro da Comissão, lembrou que uma pesquisa online foi realizada com a comunidade, cujo resultado constatou um predomínio dos cursos de técnico em enfermagem, técnico em informática, técnico em edificações e técnico em logística.

Para encerrar o evento, Maurício Gariba agradeceu a participação da comunidade e garantiu que as demandas serão ouvidas, mas ressaltou o compromisso de oferecer cursos técnicos integrados ao Ensino Médio que atendam às necessidades da região.

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