O governo de Santa Catarina decretou emergência epidemiológica em razão do surto de dengue que assola o estado. Com quase 17,6 mil casos prováveis confirmados desde o início do ano, a doença apresentou um alarmante aumento de 650% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O decreto, assinado nesta quinta-feira (22) pela governadora em exercício Marilisa Boehm e pela secretária de saúde Carmen Zanotto, marca o terceiro ano consecutivo em que o estado enfrenta uma situação de emergência devido à dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
A cidade mais populosa do estado, Joinville, foi o local escolhido para a assinatura do decreto, onde seis mortes foram registradas em meio à explosão de casos. O governo estadual destacou a saturação nos serviços de saúde pública, juntamente com o aumento expressivo de casos e mortes, como motivadores cruciais para a decisão.
A preocupação é evidenciada pelos 12.885 focos do Aedes aegypti identificados em 215 dos 295 municípios catarinenses. Com o decreto, o governo busca facilitar e ampliar o acesso ao tratamento adequado aos pacientes afetados pela dengue.
O documento foi assinado um dia após o recebimento do primeiro lote de vacinas contra a dengue enviado pelo Ministério da Saúde. Inicialmente destinadas a crianças de 10 e 11 anos em 13 municípios do Norte do estado, a região mais impactada pela doença, as doses visam conter a propagação do vírus. A escolha do público-alvo, realizada pelo Ministério da Saúde, considerou a quantidade limitada de doses nesta fase inicial.
As crianças devem receber duas doses da vacina, com um intervalo de três meses entre elas. O estado aguarda a chegada de mais 14,1 mil doses, totalizando 29,1 mil na primeira etapa do processo de imunização.
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