O caso foi registrado na noite desta quarta-feira (17)
Divulgação
Em uma noite marcada por violência, a Rua 406 de Itapema tornou-se palco de um crime brutal. A Polícia Militar de Santa Catarina registrou uma tentativa de homicídio acompanhada de tortura, desencadeando uma operação de emergência que revelou uma teia de rivalidade, traição e controle do tráfico na região.
Uma guarnição do 31BPM foi mobilizada após relatos de que o “Tribunal do Crime” estaria executando um ato de tortura contra uma mulher, a mando da nova líder do tráfico local, uma figura feminina que ascendeu ao poder após a prisão de seu marido, conhecido como sendo chefe do tráfico local, em Itapema, e ‘disciplina’ da facção criminosa.
Chegando ao local, os oficiais encontraram a vítima em estado crítico, ensanguentada e em desespero, na porta de sua residência. As perpetradoras já haviam fugido, mas a vítima, entre sussurros de medo, identificou-as como a esposa do traficante preso e outra mulher ligada à facção criminosa PGC.
Com base em informações da agência de inteligência, as autoridades conseguiram localizar e deter uma das suspeitas, que prontamente delatou a cúmplice. A segunda suspeita foi encontrada escondida na casa de uma amiga, na Rua 444, confessando os atos de violência e a motivação por trás do crime: uma trama de vingança pessoal e territorial dentro do submundo do tráfico.
As investigações revelaram que o ataque foi meticulosamente documentado em vídeo pelas autoras, demonstrando a brutalidade dos golpes, cortes de cabelo forçados e outras formas de agressão física e psicológica. A motivação? Segundo a segunda autora, a vítima havia, supostamente, intermediado um relacionamento extraconjugal para o marido da líder do tráfico, desencadeando uma resposta violenta e calculista.
Outra versão relatada pela primeira envolvida aponta que a vítima do ‘tribunal’ foi punida por ter parado de visitar o marido na cadeia. Ela também foi acusada de manter relações sexuais com outro homem.
As forças de segurança preservaram o local do crime, repleto de vestígios da violência, e a Polícia Civil, juntamente com o Instituto Geral de Perícias (IGP), foram acionados para procedimentos adicionais.
Com as autoras confessando o crime, elas foram detidas e encaminhadas para a delegacia, enquanto a vítima, apesar do trauma físico e psicológico, foi conduzida consciente ao Hospital Santo Antônio.