O pedido de regressão de regime e revogação de benefícios para Lorran François Silva Barentin foi intensificado após a divulgação de uma foto no stories do Jornal Razão. Na imagem, Barentin é visto ao lado de sua mãe, Araci Barentin, e do Secretário de Estado de Administração Prisional de Santa Catarina, Carlos Alves, nos estúdios da empresa.
O agravante nesta situação é que, de acordo com as condições impostas pela Justiça, Lorran não deveria se apresentar em imagens públicas. A suposta violação destas regras, capturada na fotografia, tornou-se a base para o pedido do Ministério Público, alegando o descumprimento das condições estabelecidas para o cumprimento dos benefícios concedidos a Barentin.
O pedido do Ministério Público, formalizado pela Promotora de Justiça Maria Fernanda Steffen da Luz Fontes, alega que o apenado teria violado as condições impostas pela decisão judicial ao se apresentar publicamente, o que contraria diretamente a ordem judicial. As acusações se baseiam em postagens nas redes sociais do apenado, segundo a promotoria.
Lorran foi beneficiado com o trabalho externo em junho de 2023, mas agora enfrenta a possibilidade de regressão definitiva para o regime fechado, de acordo com a legislação que prevê penalidades para o descumprimento das condições do regime.
Uma audiência de justificação foi designada para o dia 6 de março de 2024, onde Lorran François Silva Barentin será ouvido presencialmente. O Juiz de Direito José Adilson Bittencourt Junior autorizou o deslocamento do apenado até o Fórum para participar da audiência.
A abordagem do juiz no caso Lorran levanta questionamentos, uma vez que a decisão poderia ter sido mais direta, respondendo sim ou não, ao MP, ao invés de marcar uma audiência e solicitar ao órgão uma justificação relacionada ao pedido que se baseia no descumprimento das condições pelo apenado, imposta pelo próprio juiz.
A ordem relacionada à proibição de aparições em redes sociais, que serviu de base para as alegações do Ministério Público, foi estipulada pelo próprio Juiz. À Promotoria, caberia ainda optar por entrar com um embargo da audiência, solicitando uma decisão mais conclusiva, seja afirmativa ou negativa, em relação à revogação dos benefícios de Barentin, ou aguardar pelo desfecho da audiência.
https://www.topelegance.com.br/noticia-detalhe/23897/exclusivo-promotoria-pede-a-volta-de-diretor-de-jornal-ao-presidio-