Ela foi a 4ª vítima fatal. Santa Catarina está enfrentando o avanço da doença e a DIVE afirmou que um caso foi confirmado em Canelinha
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A jovem Erissa Nicole Santana, de 16 anos, é a 4ª vítima fatal de febre maculosa em Campinas, no estado de São Paulo.
Em meio à crise de saúde pública em SP, Santa Catarina alertou para o avanço da doença no estado.
Após dados divulgados por órgãos de saúde de SC sobre um caso de febre maculosa em Canelinha, a Secretaria de Saúde da cidade negou veementemente o registro da doença no município.
“É importante destacar que Santa Catarina não tem registro de óbitos por febre maculosa, justamente porque a bactéria encontrada no estado é a que produz quadros menos graves”, afirmou a DIVE-SC em nota.
No caso, o DIVE-SC afirmou ao Jornal Razão que a cidade confirmou um caso da doença. Além deste caso, outros 17 foram confirmados no estado.
Vale salientar que, segundo o Dive/SC, não houve nenhum caso grave da doença em Santa Catarina, ao contrário de São Paulo, onde três pessoas já morreram por conta da doença.
O que causa a doença? A doença é causada, no Brasil, por duas bactérias do gênero Rickettsia, e a transmissão ocorre por picada de carrapato. A Rickettsia rickettsii causa a versão grave e é encontrada no norte do Paraná e no Sudeste. A Rickettsia parkeri leva a quadros menos severos e é encontrada em áreas da Mata Atlântica no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, na Bahia e no Ceará.
Quais carrapatos transmitem? No país, são os carrapatos do gênero Amblyomma, principalmente aquele conhecido como carrapato estrela. Mas o ministério alerta que qualquer espécie pode transmitir a febre maculosa, inclusive o carrapato do cachorro.
Dá para transmitir de pessoa para pessoa? Não. A transmissão por contato humano é impossível.
Quais são os principais sintomas? Febre; dor de cabeça intensa; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular frequente; inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; e paralisia dos membros que começa nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando problemas respiratórios.
Mas e as manchas? O Ministério da Saúde alerta que, com a evolução do quadro, “é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés’.
Tem tratamento? Sim, com um antibiótico específico. Ele deve começar imediatamente assim que o médico suspeitar que o paciente está contaminado, antes mesmo da confirmação do resultado do exame.